Fátima 2018

1.No passado fim de semana 12 e 13 maio, 17 ddr pedalaram até Fátima pela 17º vez, curiosamente, repetimos a mesma data de há seis anos 12 e 13 maio 2012 e também com 17 elementos – embora desta vez, só 8 é que fossem repetentes. Costuma-se dizer que a ultima vez é sempre melhor que as outras mas, o certo é que foram dois bons dias e desta vez até tivemos vento bonançoso a nosso favor.

2.Com toda a gente em forma – as coças de quinta-feiras à noite surtiram efeito -, todos calejados nestas andanças, menos o estreante Martinho que, para o efeito até comprou uma burra de estrada, sem azares mecânicos (tirando uns furitos), depressa palmilhamos os 150kms da etapa parcial até Mira, pouco passava das 13h00, quando arribamos ao local programado para o reabastecimento e ao ponto nevrálgico do percurso. Ultrapassar a barreira situada no Casal de S.Tomé em Calvelas ao sul de Mira, chega a demorar mais de 3 horas, por aqui se vê a dificuldade de ultrapassar este obstáculo.

3.O reabastecimento foi na bela propriedade do Snr Carlos Miranda, amigo do chefe dos ddr, que serviu de poiso para o reforço e…outras cenas!
Incrivel como o Snr Carlos tem paciencia para nos aturar. Como sempre, fomos bem recebidos com um almoço, saboreado sem pressas – só faltou o bolo do Miguel -, é por estas e por outras, que damos mais valor à qualidade que à rapidez e demoramos dia e meio para chegar a Fátima.

4.Findo o almoço, por ali andamos à solta com rédea livre comó costume e, nem o frio impediu que o Martinho e o Miguel, tomassem de assalto o barco do lago, o “Inô”, com grandes histórias de navegação de outras ocasiões, sob o comando dos ddr, agora foi utilizado para o show  Os Piratas de Calvelas, protagonizado pelos dois irreverentes patifes Martinho e Miguel
Os artistas executaram vários números, desde luta livre, remar sem…remos, etc., mas o numero mais artistico, foi o fantástico mergulho do Martinho p`ra água turba do lago com os óculos de sol que, no frenesim da luta se esqueceu de os tirar e ainda bem, para gaudio da plateia que na margem assistia a todas as movimentações dos artistas. Os numeros que ainda faltavam executar foram cancelados e o resto do show foi passado com os artistas a rocegar o fundo do lago de rabo fora da água à procura dos óculos mas, em vão, os óculos continuam no fundo do lago agora a fazer de coral para os peixinhos.

5.Em terra, o Martinho continuava com a corda toda, com os seus celebérrimos ataques de riso sem fim, num desses intervalos do riso e antes do espetáculo terminar com o velho numero do enforcanço das burras zirinhas penduradas nas arvores, o chefe aproveitou para mostrar ao Martinho os moinhos de rodizio do ti Manel “Reco” e os burros da quinta.
Ao fim de três horas, alguém se lembrou que tínhamos de continuar o caminho de Fátima e ainda tinhamos de chegar à Figueira da Foz naquele dia.
Compreendem agora, ddr`s e quem nunca fez o caminho de Fátima quão dificil é o obstáculo de Mira?

A frase poética que o Jardel Agostinho disse, na ultima vez que nos acompanhou: “vivemos incansavelmente de forma “infantil” e conformamo-nos com a felicidade que vamos tendo”, continua a fazer sentido, para descrever a passagem por Mira.

2º dia

Domingo, 13 maio

6. A segunda etapa de 70km, da Figueira a Fátima, começou sem atrasos, com todos em forma, aparentemente ninguém parecia acusar os 195km do dia anterior, sem stress, despedimo-nos da Figueira da Foz e fizemo-nos à estrada em bom ritmo, até ao alto do barracão foi um tiro. Apesar de ser o dia 13 de maio, ponto alto das celebrações religiosas, de quando em quando ainda se viam alguns peregrinos na direção ao Santuário.
Estima-se que anualmente acorram a Fátima, mais de 5 milhões de visitantes, de Portugal e do resto do mundo e é considerado o segundo maior destino turístico religioso do mundo logo a seguir ao Vaticano.

7.Sem problemas mecânicos e fisicos às 11h30 estavamos em Fátima, onde decorriam as cerimónios religiosas do dia 13 maio a data religiosa mais importante do ano.
À nossa espera lá estava a Rosinha Cunha e quatro distintas senhoras que quiseram surpreender os maridos, o que é sempre bom para elevar a moral do grupo.
No Santuário, por lá nos demoramos mais tempo que o habitual, ficamos por ali a observar a imensidão de peregrinos que enchiam por completo o Santuário, com ou sem fé, cada um nós à sua maneira, viveu o espirito da cerimónia e, se uns ficaram a contemplar o cenário das movimentações dos peregrinos, outros arriscaram e em introspeção, meditativa embrenharam-se na multidão para sentir mais de perto a mística do ambiente, afinal também foi um dos motivos porque fomos a Fátima.

8.Resta-nos agradecer à Rosa Cunha mais uma vez pela disponibilidade em nos trazer de volta no autocarro e ao Carias que nos acompanhou durante os dois dias.

A próxima aventura será daqui a três semanas pelos Caminhos de Santiago, até lá cuidem-se

O grupo de 2018:

Filipe Torres; Francisco Ferreira; Manuel Torre; Celestino Palmeira; Paulo Santos; Filipe Correia; Narciso Ribeiro; António Maia; Tiago Costa; António Solinho; António Soares; Anthony Martinho; Eurico Cunha; Miguel Dias; Alberto Ribeiro e Campos
Na logística:
Zacarias Palmeira e Rosa Cunha

Algumas fotos dos dois dias:

Um pensamento sobre “Fátima 2018

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