Bragança Granfondo

1.“O Bragança Granfondo desafia-o a viajar no tempo, ora, o tempo, é o objetivo final de qualquer ciclista. Fazer determinado percurso gastando o mínimo de tempo possível é, desde sempre, o propósito de quem pratica esta bela e viciante modalidade. No entanto neste Bragança Granfondo o sentido de tempo é outro – um tempo para desfrutar… de outros tempos!”. Assim rezava a nota introdutória da organização.

Nem mais, foi isso mesmo, uma aventura pelo tempo, pelas aldeias remotas do parque de Montesinho, com casas antigas, adivinhando a traça original, de mais de uma centena de anos, por certo carregadas de histórias extraordinárias das suas gentes, dos seus usos e costumes, como a singular aldeia de Rio de Onor atravessada a meio pela fronteira entre Portugal e Espanha sendo ambas as partes conhecidas como “povo de cima” e “povo de abaixo”, assim nos explicou um ciclista conhecedor desta zona com quem entabulamos conversa, com um governo de leis próprias e dialeto semelhante ao mirandês.

Por esta viagem no tempo, como muito bem a apelidou a organização, valeu bem termos feito os quinhentos e tal kms e suportado durante cento e três kms de bicicleta, debaixo de calor intenso, trajeto que de outro modo, muito possivelmente não nos disporíamos a faze-lo.

2.Quanto à corrida, seria fastidioso estar aqui a descrever todas as incidências, foi um grande fundo com todas as vicissitudes próprias deste género de provas: subidas, descidas, calor, velocidade, lentidão, interação com outros participantes, com gente conhecida como os duros do Gilmonde btt – vai daqui um abraço -, foi extraordinário o apoio das populações durante todo o trajeto, incansável, nunca regateando aplausos e palavras de incentivo aos ciclistas…e algumas mangueiradas de água também, então na estância turística espanhola de Puebla de Sanabria, onde estava instalado um pórtico da Caixa Rural com uma meta volante, foi surpreendente, ver tanta gente a aplaudir, a dar-nos moral “vamos, vamos, animo chicos”,  para fazer a parede até ao castelo, até parecíamos vedetas a terminar uma qualquer etapa de montanha no Tour.

3.Este Bragança Granfondo, apesar do muito calor, foi divertido, fomos dois ddr, Narciso Ribeiro e Bruno Monte. Tenho que agradecer ao Bruno o ter-me desviado para o Mediofondo e a sua companhia quando na parte final os diabinhos com os seus tridentes começaram a chatear as cãimbras. Foi uma prova que nos proporcionou imenso gozo faze-la e que perdurará por muito tempo na nossa memória e quando assim é, quando aproveitamos os momentos bons da vida, está tudo dito.

4.Mais uma vez a Bikeservice esteve impecável, atenta ao mais pequeno pormenor. Parabéns.

Algumas imagens dos fotografos oficiais:

 

Passeios da fama…

1.Enquanto o Marco, para nos fazer inveja, se pavoneia pelo passeio da fama em Hollywood, na terra do tio Sam, nós por cá cada um à sua maneira, também no divertimos por outros passeios da fama.

Comecemos pela transcrição da página do face do Nelson Miranda, sobre a “Moutain Quest”, a ultra maratona btt de 180km, com 6000 de acumulado. Os ddr mais novos não  conhecem o Nelson mas, recordamos-lhes que em tempos o Nelson foi um duro de roer daqueles que, antes quebrar que torcer, depois de um período menos bom que o fez parar com os treinos, regressou a toda a força e a solo e está a subir de forma em flecha.

Os ddr congratulam-se pelo feito. Parabens

Nelson Miranda  

#MountionQuest
#Grande_aventura…recomendo  🙂
#Objetivo_cumprido…apesar de ao km 40 ter traçado ligeiramente o pneu….câmara de ar.. problema solucionado, aos km 50 +- parti um dos carris do selim, andei a restante prova com o selim inquelinado e com cuidado para terminar…pois esse era o objetivo, ser #Finisher  🙂
Desde o Alvão senti um ligeira picada na parte exterior joelho esquerdo…que se agravou após a Sra da Graça, pensei que não conseguisse terminar pois só conseguia dar carga na perna direita ..mas consegui com fortes dores!
Prova muito dura, apesar da pouca preparação…simplesmente Fantastica  🙂
180km 6000D+

2.O Tozé, com a camisola da ADE, outro super atleta, com provas dadas há muito tempo, passou o domingo a correr o Ultra trail Douro e Paiva, terminando num excelente 25º lugar na classe. Foram 11 horas e tal a dar no duro. Parabens BIG Tozé.

Mas o Tozé não foi o único Apuliense a participar neste Ultra e seletivo Trail, onde só terminaram 100 atletas e, tomando a liberdade de meter a foice em seara alheia, mais quatro Apulienses, do Apulia a Correr, o ultra Paulo Filipe, traquejado nestas andanças de super provas a doer, terminou em 16º lugar na classe e três atletas femininas no curto, todas com excelentes prestações. Felicitações dos ddr. Parabens.

3.O Chico, foi vespar, ou será vespesar? – Nunca sei -, para Guimarães, vespou, será? Com a sua ervilhinha todo o sábado, com os seus amigos do clube das lambretas, pelas ruas de Guimarães a fazer pi, pi, pi, pi, pipi. Ao que consta foi um dia perfeito.

4.E os treze ddr, só não tiveram um dia perfeito no sábado, quando pedalaram pela ecovia junto à margem do rio Vez, desde os Arcos até à aldeia de Sistelo, com direito pelo meio a cliff diving para o rio e, no fim a um copinho de porto, graças ao Miguel – que continua com alguma dificuldade em domar a burra selvagem -, antes de subir pachorrentemente as escadas com as burras às costas depois de ter abandonado a ideia de fazer um filme com bolinha vermelha e enveredado pela parte radical da ecovia até à pitoresca aldeia de Sistelo.

Foi tudo perfeito até à aldeia e desta vez descobrimos a parte menos boa deste lugar paisagístico e sossegado do alto Minho, em ruínas. Que pena um local tão lindo, abandonado

E, como dizíamos, só não foi um dia perfeito porque o bolo, com que o Miguel nos obsequiou no “O Barriguinhas”, cresceu pouco (e soube a pouco), porque em vez de seis, só levou três ovos. No dia 5 agosto a partir das 8h00, vamos percorrer mais um passeio famoso. Prevenimos desde já o Miguel para não se esquecer que o bolo tem de levar mais do que três ovos.

5.No próximo domingo dia 16, temos o Bragança granfondo, pelo menos dois ddr vão estar presentes. Um é garantido, o outro ainda não decidiu se vai levar a bike road…ou não.

 

Corre, corre, corre…

O chefe deu cabo da transmissão e, em consequência desta bendita avaria, a subida fodida até aos depósitos das águas em Mariz (?) foi cancelada. Como diz a sabedoria do povo, há males que vem por bem, e este foi um deles. Com a burra cambalida,  não podia obriga-la a tamanho esforço e, vai daí, solidários com o chefe, afinal chefe é chefe, toda a rafeirada deu meia volta às alimárias e, por caminhos mais ao jeito para não estrelouçar muito a cassete, viramos a agulha para Esposende. O chefe, a toque de caixa com a vara do Solinho pela ilharga, zicava a roda do pedaleiro em alta rotação, furioso, na única mudança em condições.

Quando aterramos em Esposende, vinte para o meio-dia, estava a decorrer a VI edição de triatlo de Esposende, para taça de Portugal, com os melhores triatlistas do país,  anunciava o speaker . Por lá nos demoramos, ao pé do rio em frente à marina, a ver os atletas a sair da água e a correr com as burras, um espetáculo e, no fim aprendemos, através duma respeitavel senhora, ferrenha sportinguista, como se incentiva os atletas de triatlo a mexerem-se sem olhar à cor das camisolas, ora vejam: