Mensagem de sua excelência OCHEFE

Caros ddr!

É nesta altura, que costumamos fazer uma retrospetiva do que foram as nossas andanças pelo mundo. Costumamos realçar orgulhosamente em conversas de grupo e para quem nos quer ouvir, vezes sem conta os nossos feitos históricos, conseguidos maioritariamente nas centenas de km percorridos ao longo do ano pelos caminhos de cabras impraticáveis e, também, embora em menor número, as aventuras de estrada, planeadas ao pormenor pelo incontornável Bruno, pelas serras do Gerês, com menos descarga de adrenalina, mas igualmente excitantes.

Este ano, horrível, aquele que nunca imaginamos viver, chega ao fim, devíamos processa-lo, porque além de gorar todas as nossas expetativas, nos ter privado da mítica e inigualável Descida ao Sarrabalho, não lhe perdoamos nunca e, fica o aviso ao 2021, para que não se atreva a fazer o mesmo.

Mas apesar de todos os constrangimentos, continuamos ativos e a divertirmo-nos e até tivemos uma ou outra aventura digna de registo, com realce para os dois dias de Transcavado, quem se lembraria daquela kamikaze descida de 7km por estrada, de noite, sem luz, às apalpadelas, desde a Pedra Bela até à vila do Gerês? Os ddr, claro!

Okay! Pronto, nem sempre cumprimos as normas impostas e disso não nos orgulhamos, mas que diabo, as nossas aventuras desenrolaram-se quase sempre no meio dos montes, de resto que querem, num mundo governado por estas leis, raramente as pessoas se portam bem.

Caros Duros de Roer, depois de um ano como 2020, fazer previsões para 2021, é um exercício ridículo e inútil, não nos atrevemos a fazer prognósticos, ficamos num p`ro ano logo se vê. Porem uma certeza eu tenho, vamos continuar a divertimo-nos por aí como só nós sabemos fazer, a ser artistas dos vídeos excelentes do Tozé e Agostinho.

Quero dar os parabéns, infelizmente virtuais, aos 14 elementos que participaram no “Campeonato da Cambalhota”, qualquer um tinha estofo para ser campeão mas como só um pode ganhar, felicitemos o grande vencedor Cesar Nogueira, que nos brindou com poucas cambalhotas, mas de grande qualidade. Parabens.

Desejo a todos uma boas saídas e melhores entradas, brindemos a todos nós, os grandes Duros de Roer, o grupo mais certinho do mundo.

Boas festas!  

O Chefe

Filipe Torres

Bom Natal!

A ultima vez foi assim: Sujos, encharcados, com frio, com calor, com chuva, por força de dificuldades, um ai aqui, outro ai ali, uma cara chateada manteve em suspense o enredo até ao final. No fim, não obstante o estado “miserável”, estávamos felizes por termos ultrapassado todos os obstáculos.

Por isso meus amigos, nesta quadra natalícia, não deem tréguas à bicheza que nos atormenta, olhemos para o copo meio cheio e façam o favor de serem felizes.

Os ddr desejam a todos um Bom Natal!

Pela Franqueira abaixo!

Em tempos pandemicos e sabedores da ordem dos mandantes da nação que  impuseram aos seus eleitores para se barricarem em casa nas tardes de fim de semana, nós drr, aproveitamos as manhãs ao máximo e escapulimo-nos, comó costume, de eventuais bafos covidescos contaminantes que pululam em grande quantidade pelo concelho e, para não comprometer ou ser comprometidos com a peçonha, fomos via Courel, Pedra Furada e pelo raio que parta daquele caminho de subidas empedradas em que muita gente só o faz a descer mas, pelo que temos visto, de todas as vezes que por lá passamos, só os ddr é que o fazem a subir, para o monte da Franqueira.

E foi na Franqueira, que a manhã foi mais produtiva, como aliás já o fora à quinze dias quando um ddr se espalmou no chão ao comprido e ficou com a asa esquerda empenada.

O objetivo da missão Franqueira, foi aprimorar as radicalidadesdownhillescas e isso foi conseguido com sucesso mas, diga-se, à custa de suor, persistência, sangue e, sobretudo destemor pelo monte abaixo, a coisa começou bem, com um sapato pegado de amores com um pedal e a mandar f*** o dono da burra um alto ddr, e só um trabalho persistente injinheirante e alguma influencia foi capaz de convencer o sapato a voltar para o dono pé descalço, porque, este insistia que lhe dava jeito ter também um sapato no pé esquerdo, ou seria no direito? E lá aconteceu o desenlace.

Nem sempre, mas de uma maneira geral elogiamos o talento, a persistência e a habilidade dos que a tem. O talento é um dom natural, ou se tem, ou não tem jeito para a coisa mas, se formos persistentes podemos aperfeiçoar a melhor maneira de contornar a dificuldade de, por ex: a melhor maneira de abordarmos a inclinação de uma descida cheia de obstáculos. Bem sabemos que corremos o risco de sermos penalizados com uma aterragem de queixos mas, se não formos arrojados, persistentes e diga-se tambem um pouco de louco nunca vamos ultrapassar o escolho.

Pois foi tudo isto o que aconteceu hoje, muita persistência a repetir, a aperfeiçoar a técnica de troços complicados da descida downhilleira do castelo de Faria. Houve de facto muitas tentativas até as coisas saírem bem, não foram todos que teimaram na persistencia, foram os melhores e mais destemidos: Chefe, Solinho, Tozé, Seara, César, enfim os do costume (e ainda faltaram outros que não estiveram presentes), mas todos deram conta do recado e chegaram incólumes à pedreira de Milhazes e nem o facto de termos gramado dez piadas prostáticas do Seara, tirou o brilho ao César de ser ele a finalizar e a pôr a cereja no topo do bolo, perdão, do joelho, com aquela pintura de vermelho.

Depois deste treino o confinamento de tarde até custou menos!

O Transcávado do nosso contentamento

1.Embora já tenha passado uma semana, julgamos estar ainda dentro do contexto para narrar mais uma andança dêdêrriana desta vez a começar em Trás-Os-Montes. Entretanto depois disso, quatro ddr já foram a Fátima, dos quais o Tiago Ribeiro e Rui Monteiro, que estiveram incluídos no lote dos dez ddr que, nos dias 3 e 4 se entreteram, a fazer o percurso do 4.0 Transcavado 2019, desenhado em boa hora pelos João Paulo e Hugo Rocha, mentores da saga Transcavado, desde a nascente do rio Cávado em Montalegre até à foz em Esposende.

De promessa sempre adiada, finalmente ficou assente os dias 3 e 4 de outubro para o cumprimento da promessa, curiosamente a data estipulada para realizar o 5.0 Transcávado, se não fosse a fdp da pandemia estragar tudo.

No sábado dia 3, partimos de Apulia, sob a ameaça da chuva, com destino à nascente do Cavado, 1h45 depois estávamos em Montalegre. Há chegada, fomos surpreendidos por um pórtico montado junto ao Castelo, que assinalava, soubemos depois, o fim do ultra trail de 3 dias, da corrida dos 4 castelos de 165km, que tinha começado no dia 2 em Melgaço. Ora bolas, afinal todo o aparato, não obstante sermos pessoas famosas, não era para nós.

Findo os preparativos para a luta, iniciamos tranquilamente o “aquecimento” de 13km, até ao Rochão (1390 +), o ponto mais alto do percurso, o aquecimento estava feito, do marco geodésico avistava-se a paisagem imensa para além e em redor de Montalegre. Seguiu-se uma descida porreira (-37,8%), ao jeito dos ddr e continuamos no carrocel cavalitante, ora a subir, ora a descer, sempre acima dos 1000m, pelas entranhas dos montes agrestes, de paisagem áridas em contraste com o gado a pastar nos vales verdejantes.

Seguiu-se Pitões das Junias, (1º reforço), com a aldeia deserta, fomos recebidos por cães pastores tamanho XXL e gatos fieis que não nos abandonaram o tempo todo, afinal estávamos em família.

Com um frio de rachar e chuva, deixamos o conforto do restaurante onde tomamos café e fizemo-nos ao trilho traiçoeiro à saída da aldeia, cheio de rasteiras de todo o tipo mas dos quais, tiveram o condão de contribuir para o campeonato da cambalhota com pontuação maxima a favor de um truculento ddr.

Até Fafião, (mais 35km), deparamo-nos com algumas cenas pitorescas, como aquele quadro de plantação de vacas dispostas uniformemente num morro relvado; em Outeiro um pastor e as suas cabras cruzaram-se connosco e contou-nos todo envaidecido, depois de meter-mos conversa, que o rebanho tinha 200 cabras, mas não convençou a todos; na descida um ddr com pinta, num pico de power, foi contra um portão de rede e por lá ficou esparremado de costas algum tempo em pose de cruxificado a rir, a rir, até não poder mais, vá-se lá saber porquê, enquanto mais abaixo outro ddr, dedicava-se a pilhar laranjas em propriedade privada, foi apanhado pelo dono que se conteve de lhe dar uma descasca.

E as peripécias iam-se sucedendo a bom ritmo, e, tal como o lema do caminhante, “o caminho faz-se caminhando”, fazíamos o percurso pedalando sem pressas, mais tarde iriamos pagar esta ousadia. O grupo andou sempre distante, 100? 200m? às vezes mais, entre os primeiros e os últimos, fazendo juz às recomendações da DGS (poi, pois), processávamos tudo o que nos rodeava, afinal estávamos ali para isso, para nos divertir, sem a chatice de tempos cronometrados de provas.

Em sentido contrário, fazendo o mesmo percurso que o nosso, foi uma constante até ao Gerês, encontrar atletas do ultra trail, todos em passo de caracol, alguns, extenuados apresentavam sinais de fadiga extrema, de facto 165km em três dias não é caso para menos.

As paisagens serranas sucediam-se amiúde, intercaladas por paisagens rusticas das raras aldeias por onde passavamos, vivíamos o momento sem nos preocuparmos se tínhamos pela frente de trepar um monte de 100 ou 1300m…,bom, não foi bem assim, ou descidas de declive acentuado, só faltou mesmo o sol correr com a negritude das nuvens.

Depois de Paradela, fizemos um pequeno desvio para admirar a cascata Cela Cavalos, um fenómeno da natureza, dos mais lindos que vimos até hoje, um lugar perfeito para quem gosta de trilhos e de se refrescar, desta vez faltou coragem (e tempo), para a seita dar um mergulho.

Em Cabril, protagonizamos à cena mais radical, de todas quantas fizemos até hoje, depois de um pequeno engano gêpsiano, atalhamos por umas escadas estreitas, toscas, ingremes, com degraus altos, direitas ao rio Cabril, um ddr com bigode em modo kamikaze, desceu todos os degraus, e eram bastantes, em cima da burra, com a roda de trás a maior parte no ar, a inclinação chegou aos -30,1%, já conhecíamos as façanhas do chefe mas como esta nunca, foi de loucos.

O dia começava a escassear e as nuvens escuras não ajudavam, depois de atravessar com dificuldade uns quantos riachos chegamos a Fafião (o ultimo reforço) e a partir daqui os 8km ate à cascata do Arado, deram direito a estrear o livro de registo de reclamações, o raio dos muros não davam descanso, a cada curva, novo pesadelo, mais um muro e outro e outro, foi dos 480 até aos 800m, embora não sendo nada de transcendente, foi durinho atravessar aquelas paredes até chegar ao rio Arado já no crepusculo do dia, o tempo que perdemos (ou ganhamos), fazia-nos agora falta.

O troço do percurso desde Fafião até ao Arado, tem pontos de interesse fantásticos, infelizmente foram mal explorado por nós mercê da tal falta de tempo, esta parte merecia ser feita com mais tempo e com um dia claro.

O fim da etapa aproximava-se, os restantes 7kms, sempre a descer, foram feitos com o pedal em alta cadencia, completamente às escuras até pararmos na pensão da tia Judite, que tinha à nossa espera uma grelhada mista que foi tragada com sofreguidão, afinal era a nossa primeira refeição do dia a sério.

Pese algumas reclamações, foi um dia espetacular, por um percurso bravo e fascinante, concluído com êxito, mas aquela descida pelas escadas em Cabril, vai ficar na memória por muito tempo e para a história das maluquices.

2.domingo dia 4, a dona Judite na sua linguagem desbragada, queixava-se ao primeiro ddr que apareceu para o pequeno-almoço ”estou toda f***, o c***das costas não me deixaram dormir”, esperamos todos que ao fim de uma semana esteja melhor, da parte dos ddr não houve reclamações, a noite foi…calma.

Já passava das 09h33, quando nos despedimos da dona Judite e marido e demos inicio à segunda etapa, um pouco mais soft que a primeira, com montes só no começo, este percurso do Gerês a Esposende, é o que se aproxima mais do rio, contudo tem bastantes kms por estrada, o que nunca é do agrado de betetistas que se presam, mas compreendemos que a morfologia do terreno assim obriga, com paisagens mais domésticas, distintas das do dia anterior, deu um gozo do caraças desfrutar pelos trilhos ribeirinhos.

Valdozende, Barragem da Caniçada (habitat semanal do ddr Martinho e próxima visita de estudo), Parada de Bouro, Amares, as povoações sucediam a bom ritmo. As poucas reservas de combustível depressa esgotaram e tascas para repor os níveis de glicogenio, só em Lago do Paço, perto de Prado é que foi possível arranjar umas sandoxas para enganar a fome.

Mais confortáveis depois de enganar o estomago, prosseguimos a diversão em ritmo qb, ora pela beira do rio, ora por estrada de pixe até Barcelinhos, entretanto os efeitos da bravesa dos trilhos do dia anterior começavam a vir ao de cima, com muita gente a queixar-se dos efeitos provocados pelo selim das burras. A aventura aproximava-se do fim. Cinco horas e meia a pedalar desde que nos despedimos da dona Judite, estávamos em Esposende, agora era a vez de nos despedir do rio Cavado.

Foi a aventura possivel para o nosso contentamento em tempo de pandemia, das muitas que tinhamos planeado para este ano.

Algumas fotos tiradas pelos Narciso, Tozé e Milo

A Marina e a nova app anti-roubo

1.O Chico já tinha avisado que qualquer dia íamos ter uma nova companhia nos treinos e, aconteceu que o dia foi hoje. A nova companhia apresentou-se equipada qb, com uma bike à sua medida, sem a moda da marca sonante gravada no quadro, o suficiente para deixar os ddr de nariz empinado, armados em puros sangue, a olhar de soslaio, a duvidar se teria estaleca para aguentar a cavalgada treinante que se seguiria com as outras burras calejadas, habituadas a suportar todos os desmandos infligidos pela cambada sem dó nem piedade sempre que saem para ganharem musculo.

Num trajeto escolhido ao calhas mas com alguma dificuldade técnica, a nossa companhia lá ia ultrapassando obstaculo após obstaculo sem se atemorizar e sem complexos por a sua burra ser mais pequena que as demais. E, quando arribamos à azenha do Minante, não se fez rogada e mergulhou com os ddr para um mergulho refrescante no rio Neiva desta vez por nossa conta. O regresso foi calmo, não deu para esticar, mas para uma primeira vez, não se podia exigir mais.

A Marina, passou todos os testes com distinção, até no Controverso e ainda teve o mérito de moralizar à cambada!

Esperemos pela próxima!

2.Que se passa com a bike Milo? Ninguem consegue sacar-lhe o toquinho? Há 21 dias com ele entalado no buraco, é obra. Não achas que estás a dar importancia a mais a um toquinho de 5cm que te tramou?….tramou?

3.Hoje tivemos o prazer de assistir a mais uma demonstração de segurança de bikes, desta vez com a novidade em relação à anterior de um novo kit para proteger os pratos da roda pedaleira. Esta aplicação embora demore um pouco a encriptar o sistema é muito mais pratico que o grelhador da app anterior.

Fotos da Marina em diversas fases do treino, a personagem do dia e do novo sistema atualizado anti-roubo!

Resmunguices…

De nada valeu ao Tozé resmungar toda a manhã por não estar de acordo com o rumo soft, ou nem tanto (a areia solta ainda ameaçou picar os miolos), que estavamos a tomar.              Hoje foi assim, deixamos a burra lazarenta do Lino desprotegida, o único ddr que tinha o segredo de segurança da alimária faltou e iniciamos a jornada treinante dêdêrriana a bolinar para norte em modo pachorrento pela beira mar. Com musica de fundo resmungona do Tozé, o homem do dia, iriamos até onde o chefe entendesse, poderia ser um percurso rude ou um percurso para degustar do ambiente bucólico da paisagem das dunas. O chefe entendeu devido ao calor, que seria para degustar e assim ao fim de 6km, deferiu o pedido do Futre, feito ainda no Rafas e paramos para este agarrar na mangueira e satisfazer uma necessidade premente de secura, para continuar de seguida, numa toada mais ligeira, contemplativa entre a foz do Cavado e do Neiva, a saborear o ar fresco da maresia até onde o chefe quisesse, e, foi só em Castelo de Neiva que o boss, resolveu dar em chupa-chupa ao Tozé com uma subidita de 22º de inclinação para polir a sua imagem de marca a fazer o cavalinho lá no alto no cimo do Castelo.

Mais calmos, mais macios pela força do calor, os resmungos tinham diminuido quando iniciamos o regresso a suspirar por um mergulho em mares de super bock`s mas antes, e como parece ser a sina dos ddr (e tambem por nos pormos a jeito), tivemos mais uma vez de nos haver com uma ponte destruida em Antas, até desaguarmos no reboliço em Apulia city para satisfazer o tal desejo de mergulho

Moral da historia, o chefe é quem mais ordena, não adianta resmungar com o chefe quem não tiver bigode farfalhudo como o dele, quem quiser ter um mínimo hipóteses de voto na materia, tem ainda de comer muitos sacos de arroz e quilos de batatas fritas.

O testemunho da mangueira, da ponte e….a bike enforcada e capacete do Milo que hoje se desinfiou da parada com a zirinha.

Injinheiradas!

1.Esta cronica parte sempre de uma imagem, artística ou não e, hoje, houve muitas e boas imagens, não diríamos artisticas, talvez técnicas/fodidas, seja o mais real, retrate melhor o treino (?) d`hoje, o suficiente para cronicar sobre dois valorosos injinheirus.

Comecemos pelas críticas maldizentes/corrosivas, da cambada ddr, que, pode não parecer, mas que tiveram por objetivo incentivar os verdadeiros injinheirus, Martinho Anthony e Cesar Nogueira, para não desistirem de arranjar a burra espatifada do Soares que, num assomo de boa vontade resolveu partir o drop out.

Com a burra em fanicos, os dois valentes injinheirus, de imediato meteram mãos à obra, neste caso à burra e mostraram mais uma vez, do que são capazes, nós já sabíamos, mas agora confirmamos.

Como grandes profissionais, começaram pelo veredito  “o drop out está partido…”,  “tenho um novo”, respondeu o Soares “ah, mas precisamos d`uma chave”, mais uma vez o Soares “tenho aqui uma”; “…elo de engate…”, “também tenho…”; “chave para sacar o elo…”, “tá aqui”, o Soares tinha tudo o que os injinheirus precisavam, até uma panito – que tambem é usado na matança do porco quando este está dependurado de cabeça para baixo para pôr na boca -, para a injinheirada limpar as mãos no fim mas, há sempre qualquer coisa que falha, quando os injinheirus reclamaram um alicate para que a operação tivesse êxito, o Soares não tinha, que desilusão alguem sugeriu telefonar p`ra Suiça, para o grande injinheiru Eurico Cunha, o injinheiru dos injinheirus, a pedir um alicate, felizmente não foi preciso, o Bruno tinha um alicate e a missão drop out continuou a bom ritmo. O Bruno alem de contribuir para que os dois injinheirus ficassem bem vistos, ainda teve de aguentar com as bocas foleiras (ou seria para lhe agradecer ?), do Toze, pois quem mais haveria de ser. Para a proxima não há alicate para niguem e é muito bem feito Bruno. 

Ao fim de trinta minutos a burra ficou au point, para o que de mais duro aparecesse pela frente “está melhor do que antes de espatifada”, vangloriou-se o Soares, enquanto pedalava de novo feliz da vida

Grandes injinheirus,

2.Passado quinze minutos do final feliz da burra do Soares, o Milo tambem entrou na festa, não querendo ser repetitivo como o drop out do Soares, vai daí inovou e partiu o espigão, grande Milo. De imediato qual 112, os injinheirus rodearam o que restou do espigão para o sacar. Ao fim muitas tentativas para tirar os cinco centímetros de dentro do tubo do quadro, não houve nada a fazer, o estupor do toco ganhou aos injinheirus. O Milo, inconsolável, mas resignado ao destino teve de dar a volta à burra e até a casa foi aproveitando as oportunidades que a burra lhe deu para que se sentasse em cima do toquinho do espigão.

3.Toda a gente sabe que hoje existe muita ladroagem, que é preciso andar sempre com um olho no burro(a) e outro no cigano.

No nosso caso como é obvio, damos importância à segurança das nossas burras. Estão sempre debaixo d`olho, quando não as estamos a montar, no entanto existem sistemas de segurança que nos deixam mais descansados, desde app digitais com sinalizador, correntes com cadeados etc, mas hoje aprendemos como bem segurar uma burra para não fugir, um método muito eficaz e pratico, o problema é arranjar a churrasqueira um acessório muito importante para este modelo, como podemos ver na foto em baixo:

Ps: quinta feira dia 27, está previsto fazer o circuito do “Caçana”, com passagem pela Sra do Minho. Os interessados devem apresentar-se com as burras btt na Azoria. Para mais informações contactem o chefe

Covide-20 e a ponte ddr

1.É sempre divertido uma aventura pelo parque nacional do Gerês. Por mais dificuldades que comporte uma estrada pela serra, com paredes inclinadas respeitaveis, ou num dos inúmeros trilhos que existem pelo imenso parque, podemos terminar a aventura exaustos, derreados, com a pele esfarrapada nas pernas ou braços, dor de costas, borbulhas nos pés se for caminhada, ou no rabo se for de bike, enfim pode acontecer uma serie de imprevistos por entre os montes do Gerês que no fim nada nos tira aquela sensação boa de dever cumprido tão reconfortante para a alma.

Ontem, dia 15, foi divertido, ou não estivessemos no Gerês, sete magníficos ddr, a fina flor, terem feito 20km de aquecimento desde o Rio Caldo até à Portela do Homem, mesmo tendo de aguentar o som das piadas desbragadamente sarcásticas do Seara.

Foi divertido, tomar calmamente o chã, na fronteira Gerês/Xurés por entre os pingos de chuva que não amedrontou ninguem, antes de nos enfiarmos em contra-mão pelo trilho da Geira romana, onde está assinalado o ultimo marco miliário o XXXIV, em território Português.

Não foi muito divertido fazer aquele km de Geira por entre calhaus de todo tamanho em que os burros fomos nós a arrastar as mulas teimosas a fazerem finca pé contra as pedras, mas foi por pouco tempo, logo a seguir fomos compensados da calhauzada a observar do cimo da ponte de madeira os godes do leito do rio e o Bruno a dar banho à minhoca, num lago de água cristalina.

A diversão tinha voltado para durar até ao fim, por entre o estradão da Mata da Albergaria, pela descida à barragem de Vilarinho das Furnas, mas o dono da represa o Martinho, não apareceu e ainda nos cortou a rede do smartphone.

Foi divertida a nossa passagem pelo Campo do Gerês antes de aterrarmos no epicentro de Covide. Revisitamos o Bosk, o nosso amigo restaurante. É verdade que mais ou menos nos matou a fome, mas aquela coisa da sobremesa de fruta em lata não caiu muito bem ao Narciso, que estrebuchou rudemente com a empregada, por tal afronta e só se conteve quando lhe serviram o melão, bolas, é preciso ter lata. Não encontramos o nosso amigo ti Fernandes, ex-candidato à junta de freguesia de Covide, que nos deu a honra de nos convidar certa vez, para a campanha eleitoral que se avizinhava então, que nos prometeu uma comezaina de javali mesmo que não ganhasse as eleições mas já sabemos como são os políticos, prometem, promentem e depois não apanham o javali e deixam o povo, leia-se ddr, a salivar.  

Revisitamos pela enésima vez o Gerês, foi divertido, apesar das corrosivas piadas à moda do Seara, contra o Chico, Soares, Solinho, Narciso, Bruno e Tiago Ribeiro – livrou-se algumas vezes de levar duas lapadas – o desconfinamento de Covide-20, estava prestes a terminar, fizemo-lo da melhor maneira, de prego a fundo pela romaria de S. Bento da Porta Aberta  até começarmos a subir as Cerdeirinhas com as trouxas às costas.

2. Hoje, day after, 16 agosto, o treino foi dedicado aos descobrimentos. Fizemos algumas descobertas interessantes, então aquela ponte canudo, que a partir de hoje tem o nome de ponte dura de roer em homenagem a nós por sermos os primeiros atravessantes a faze-la com as burras às costas. O beijo amoroso do Agostinho ao Imigrante com o nariz esborrachado. Novos trilhos, trilhos? Por Castelo do Neiva à procura do ponte nova, o remendo de papel para tapar o furo da roda do chefe foram as descobertas mais significativas no dia em que o Rui Monteiro, irá ter de explicar direitinho os nós que aplicou para segurar a burra do sogro no Rafas.

Boas férias cambada!  

Abandonado!

1.É um moço respeitável, desde há muitos anos pertence a um reino chamado “duros de roer”, vulgo ddr. Rapaz distinto e simpático, atleta de eleição, por mérito próprio, faz parte de uma elite estreita de ddr, que frequentaram em tempos idos o pódio da glória das muitas provas de MTB em que participou.

Porém não obstante dominar a burra como ninguem, não merecia ser atraiçoado pela nação dederriana e muito menos pela família, que hoje lhes viraram as costas, deixando-o sozinho, abandonado à sua sorte, com a burra doente, a dar tudo para que a pata da alimária Cannondale, deixasse de mancar.

Incrivel este abandono e o mais grave é que alguém ao fim de um km, alertou, segundo ele, fez um aviso à rafeirada de que faltava este moço respeitável só que, este alguém ao invés de parar… continuou a impávido na cavalgada pelo trilho parte crenques da margem do rio Neiva,

Já agora abrimos aqui um parentesis para responder aos ddr, sobre questões deste rio: segundo a Wikipédia, este pequeno e espetacular rio, com paisagens lindissimas, onde tantas vezes damos um mergulho como hoje,  nasce na serra de Oural, em Vila Verde, a sua nascente fica a 722m de altitude, tem 45km de comprimento e, claro, todos sabemos que desagua em Antas. Esclarecidos?

Bom, continuando com as queixas no final no Controverso, vista bem a coisa ao fim de dez horas, as queixas do Solinho, até não tiveram muita razão de ser, primeiro porque anda nisto há uns anitos e se não sabe, devia saber que o extravio de rafeiros deixados à sua mercê, durante os treinos, é uma constante, faz parte do ADN do grupo e depois até teve sorte porque terminou no mesmo ponto que os restantes e ainda se livrou do pai lhe dar uma peleira, por se ter perdido. Para nos redimir cantamo-lhe a canção do “abandonado” com muita emoção.

Mais tarde (tambem não demos pela falta), ficamos a saber, que uma operação de resgate, formada por 3 ddr, foi em seu auxilio.

2. Mas se hoje foi um treino ao tanto atribulado por causa das burras com falta de ar, durante a ultima semana de julho foi bem agitada: – O Luís Torres teve a ousadia e lata, de fazer o lés a lés desde Caminha a Sagres em 2 dias. Por este andar o Tiago Ferreira que se cuide, porque o recorde mundial não estará muito seguro. – Quatro ddr, Emílio Santos, Arsénio Almeida, Agostinho Filipe e Rui Monteiro tambem tiveram a lata de subirem o monte Farinha, a mítica sra da Graça e a coisa foi mesmo dura, tão dura que passado dois dias, o monte começou a arder e embora se suspeite de fogo posto, por enquanto estes abnegados duros comedores de alturas (e outros enfardanços), estão fora de suspeitas. – E a a agitação continuou ontem com os habitués de sabado: Bruno Monte, Tiago Seara e Luís Miguel em mais uma odisseia e que odisseia, 18km muito, muito duros, tão duros que desistiram os três com um roda estuporada.

Fotos d`hoje antes do esquecimento do Solinho